“Boogie Oogie” chega ao fim sem conseguir manter a agilidade inicial
Aconteceu o que tanto se temia. A novela "Boogie Oogie" termina em três semanas sem conseguir manter o pique do início, com o qual levou a história até mais da metade. A trama de Rui Vilhena começou causando alvoroço, pelo ritmo dinâmico com o que o autor imprimia os acontecimentos. Tinha-se a impressão de que, a cada semana, ou blocos de capítulos, a novela dava uma guinada e virava de pernas pro ar.
Rui conseguiu manter esse ritmo por pelo menos quatro meses – o que já é um feito e tanto. Vieram as festas de fim de ano e, naturalmente, a história deu uma desacelerada. Voltou com força em janeiro, mas logo perdeu o dinamismo. Hoje a trama capenga para terminar e "Boogie Oogie" em nada lembra a novela ágil de quatro meses atrás.
Segredo de Carlota blá-blá-blá segredo de Carlota blá-blá-blá segredo de Carlota
Tudo o que sobrou da história desemboca no malfadado "segredo de Carlota" – a megera interpretada por Giulia Gam. Poucas são as tramas paralelas que ainda interessam, ou que não citam "segredo de Carlota" em suas falas. Aliás, não se fala em outra coisa. É bom que o tal "segredo de Carlota" seja algo realmente contundente para justificar tanta repetição e não decepcionar o público. "Segredo de Carlota", ponto.
Queimou na largada?
"Boogie Oogie" é um ótimo exemplo de uma questão há tempos levantada por profissionais de televisão: a de que as telenovelas deveriam ser mais curtas. Rui Vilhena conseguiu contar sua história de forma satisfatória em cinco meses. A impressão que ficou é que o autor teve que espichar a trama para render um tempo a mais. Ou gastou munição: planejou mal sua estratégia, desperdiçando muito história no início.
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