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TOP 10 Séries nacionais que se destacaram em 2015, para o bem e para o mal

Nilson Xavier

27/12/2015 19h13

Beatriz Segall e João Côrtes em

Beatriz Segall e João Côrtes em "Os Experientes" / Tom Cavalcanti em "#PartiuShopping" (Foto: Divulgação)

TV aberta

01. Exibida em quatro episódios independentes com um tema em comum, a terceira idade, "Os Experientes" (coprodução Globo e O2 Filmes) foi, em minha opinião, a série de maior destaque do ano. Um excelente e sensível trabalho de direção, roteiro e elenco. Não se entende como pode ter ficado na gaveta da Globo. Merecia mais temporadas.

02. Uma produção do núcleo de Guel Arraes, "Amorteamo" também fez bonito, com um primoroso trabalho estético e Marina Ruy Barbosa vivendo uma noiva-cadáver.

03. O roteirista Cláudio Paiva substituiu sua "A Grande Família", às quintas-feiras, com "Chapa Quente", pisando fundo no humor popularesco e em personagens caricatos. A audiência tem respondido à altura e a temporada de 2016 está garantida, com a promessa de algumas alterações nas abordagens. Tomara que para melhor. Bem melhor.

04. Em setembro, estreou "Mister Brau", comédia assinada por Jorge Furtado e Adriana Falcão, estrelada por Lázaro Ramos e Taís Araújo. Com muito bom humor, o texto soa como uma resposta espirituosa ao racismo e preconceito social.

05. Miguel Falabella continua com seu texto inspiradíssimo em "Pé na Cova". Agora, cada episódio potencializado por uma sensação de melancolia, por conta da morte de Marília Pêra. A série se encerra em 2016 com a exibição dos últimos episódios em que a atriz aparece com sua personagem Darlene.

06. No ar desde 2011, "Tapas e Beijos" já estava desgastada. Teve sua última temporada (a quinta), exibida este ano. Finalmente.

Simone Spoladore em

Simone Spoladore em "Magnífica 70" / Vinícius de Oliveira em "Santo Forte" (Foto: Divulgação)

TV fechada

07. Tom Cavalcanti voltou à cena com "#PartiuShopping", (mais uma) série cômica do Multishow, de forte apelo popular, gravada com plateia. O diferencial foi o cenário – um shopping-center em dois andares, com escada rolante e figurantes perambulando – que disfarçou piadas sem graça e Tom mais do mesmo. Valeu apenas por Nany People, sempre ótima. Outra produção semelhante do canal estreada neste ano foi "Acredita na Peruca", com Luiz Fernando Guimarães. Também poderíamos ter passado sem.

08. Entre as séries cômicas do canal GNT, "Odeio Segundas" trouxe o humor da dupla Alexandre Machado e Fernanda Young ainda mais ácido do que na Globo. E com mais liberdade. Os roteiristas foram certeiros ao ambientar a série no mundo corporativo, onde sempre rende muitas, muitas situações dignas de humor ácido, mordaz e corrosivo. Quem viveu/vive esse ambiente sabe.

09. No ano de 2015, a TV a cabo investiu mais em séries dramáticas do que em anos anteriores. Além das ótimas "Zé do Caixão" (canal Space, com uma impressionante caracterização de Matheus Nachtergaele), "Psi" (HBO), "Questão de Família" (GNT) e "Romance Policial – Espinosa" (GNT), destaco "Magnífica 70" (HBO), pelo ótimo roteiro e elenco (Simone Spoladore deslumbrante)…

10. … E "Santo Forte" (AXN), com tramas policiais que envolvem misticismo e uma boa carga de realismo fantástico. Destaque para as atuações de Vinícius de Oliveira, como o protagonista, e Laila Garin.

Bônus
Já no final do ano, o canal Viva e a Globo apresentaram o especial da "Escolinha do Professor Raimundo" (em cinco episódios), com Bruno Mazzeo como o personagem que foi de seu pai, Chico Anysio. Com piadas atualizadas e elenco bem caracterizado (a maioria dos atores incrivelmente bem nos personagens), a homenagem fez sucesso, tanto na exibição do Viva quanto na Globo.

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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