Novo “Cidade dos Homens” trocou o tom documental de antes por uma narrativa de novela
Não pense que você encontrará na nova "Cidade dos Homens" (exibida a partir de hoje, 17/01, em 4 capítulos) o mesmo tom documental carregado de realidade que tinha a atração da década passada. Como reverência à série que marcou os anos 2000 na TV, a atual faz uma releitura louvável. Apresenta Darlan Cunha (Laranjinha) e Douglas Silva (Acerola) maduros tanto fisicamente quanto nas interpretações – os dois têm ótimos momentos dramáticos.
O roteiro é assinado por George Moura e Daniel Adjafre, a direção é de Pedro Morelli. A atração costura a trama atual com histórias já vistas nas temporadas do passado, quando os atores eram crianças. Assim acompanhamos Darlan Cunha e Douglas Silva em várias fases de suas vidas.
A nova "Cidade dos Homens" vende a ideia de que os antigos Laranjinha e Acerola foram substituídos por seus filhos: Davi (Luan Pessoa, o menorzinho), filho de Laranjinha, e Clayton (Carlos Eduardo Jay, o gordinho), filho de Acerola. As novas crianças têm química e fazem um excelente trabalho.
Entretanto, o programa atual abre mão do tom documental do antigo para transformar a narrativa num dilema dramático digno de novela. Davi tem uma doença grave e Laranjinha, para salvar a vida do filho, precisa de uma quantia alta para pagar a cirurgia num hospital particular. As questões éticas continuam, porém agora sustentadas num arco melodramático mais palatável e menos documental.
Hoje os novos meninos têm o suporte dos pais, que os auxiliam ética e moralmente. Diferente de quando Laranjinha e Acerola agiam sozinhos, sem o menor filtro ou apoio adulto. O foco na autenticidade das interpretações de Darlan Cunha e Douglas Silva crianças impregnava o programa de uma realidade documental que a nova atração descartou. Repare no capítulo de quinta-feira, que reconta o episódio "Palace II" da série original. Esta é uma outra "Cidade dos Homens", numa abordagem diferente, digamos, mais fácil.
PS. A trama da minissérie remete à clássica novela "Pecado Capital", de Janete Clair: uma enorme quantia de dinheiro é encontrada levando ao dilema de devolver ou não, já que o dinheiro salvaria uma vida. No último episódio, pensei ouvir "dinheiro na mão é vendaval, é vendaval…"
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