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Oscar 2017: “Animais Noturnos” contrasta a violência com crítica aos padrões de beleza

Nilson Xavier

11/02/2017 19h00

Amy Adams (Foto: divulgação)

Amy Adams (Foto: divulgação)

"Animais Noturnos" é um filme essencialmente belo. O capricho estético faz parte da pretensa crítica aos padrões de beleza da sociedade e à arte padronizada (a sequência da abertura sinaliza isso). A personagem de Amy Adams é uma mulher milionária e infeliz que repensa o universo em que vive – atenção à cena na galeria de arte em que acontece uma reunião, e à mãe de Amy no filme, vivida por Laura Linney.

Entretanto o melhor no roteiro é a história dentro da história. A personagem de Adams recebe os originais de um livro do ex-marido, que não via há anos. Enquanto ela lê, se desenrola no filme a trama do livro, um suspense de tirar o fôlego que beira o terror. É quando brilham Jake Gyllenhaal, Michael Shannon e Aaron Taylor-Johnson, em interpretações formidáveis.

animaisnoturnos_posterO diretor Tom Ford mantem o padrão estético inclusive nas violentas cenas que retratam a trama do romance lido por Amy Adams e que tanto perturbam sua personagem. Perturba o público inclusive. Um bom contraste entre o belo e a violência. Fotografia, cenários e arte em geral irrepreensíveis. 4 estrelas.

1 indicação: ator coadjuvante (Michael Shannon).

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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