Irene Ravache queria ser bailarina; em seu aniversário, relembre sua carreira
Atualmente em "Pega Pega", como a esnobe Sabine Favre, a atriz Irene Ravache completa, neste dia 6 de agosto, 73 anos de vida – 54 deles dedicados à arte de interpretar.
Minha lembrança mais remota da atriz é da novela "Cara a Cara", da Band, em 1979. Irene vinha da TV Tupi, na qual se tornara conhecida do grande público por papéis em novelas, como Neide em "Beto Rockfeller" (1968-1969), Majô Prado em "Super Plá" (1969), Inês em "Simplesmente Maria" (1970), Dinorá em "O Machão" (1974-175), Estela em "A Viagem" (1975-1976) e Teresa em "O Profeta" (1977-1978).
Irene Yolanda Ravache é carioca e desde pequena sonhava em ser bailarina. Mas nos palcos realizou-se como atriz. Formou-se profissional em 1963, pela Fundação Brasileira de Teatro. Sagrou-se em peças como "Eles Não Usam Black-Tie" (1963), "A Ratoeira" (1971), "Bodas de Papel" (1978), "Pato com Laranja" (1980), "De Braços Abertos" (1984), "Uma Relação Tão Delicada" (1989), "Brasil S.A." (1996) e "Intimidade Indecente" (2001), entre outras.
A atriz firmou-se na Globo na década de 1980. Em 1983, Irene emocionou o Brasil com seus depoimentos pela morte do amigo Jardel Filho, com quem contracenava na novela "Sol de Verão", em que interpretava a protagonista feminina, Raquel. Nesta época, também viveu a cômica Antônia Regina, em "Champagne", e foi apresentadora do programa feminino "TV Mulher". Voltou às novelas em 1987, na comédia "Sassaricando", como a divertida Leonora Lammar.
Na década de 1990, Irene teve uma passagem pelo SBT: emocionou o público como a sofrida Dona Lola de "Éramos Seis" (1994), e viveu a Princesa Isabel em "Sangue do Meu Sangue" (1995) e Luzia, outra mãe abnegada, em "Razão de Viver" (1996). Passou pela Globo, em 1999 (Eleonor em "Suave Veneno"), e Record, em 2000 (Dete em "Marcas da Paixão").
A atriz retornou à Globo em 2001, de onde não desligou-se mais, com destaque para papeis como a grega Katina de "Belíssima" (2005-2006), a amarga Loreta de "Eterna Magia" (2007), a perua Clô Souza e Silva de "Passione" (2010), Charlô no remake de "Guerra dos Sexos" (2012-2013) e as duas vidas de Vitória em "Além do Tempo" (2015): a condessa Vitória Castellini e Vitória Ventura.
Irene também atuou no cinema. Foram 17 filmes, entre eles: "Lição de Amor" (1975), "Vital Brazil" (1977), "Doramundo" (1978), "Que Bom Te Ver Viva" (1989), "Ed Mort" (1997), "Amores Possíveis" (2001), "Depois Daquele Baile" (2005) e "Entre Abelhas" (2015). Premiada, a atriz tem, entre outros, 6 Troféus APCA e 2 Troféus Imprensa (por suas personagens em "Éramos Seis" e "Passione"). Irene é casada com Edison Paes de Mello Filho, tem dois filhos e dois netos.
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