O público deveria prestigiar e valorizar textos como o de "Tempo de Amar"
Assim que estreou "Tempo de Amar", fiz coro à crítica de que era uma história pesada, sofrida. Cobrei um alívio cômico para suportar tanto padecimento dos personagens. Crítica revisada!
Pouco mais de dois meses após a sua estreia, a trama da novela fluiu, os personagens se encorparam, ganharam estofo. Ninguém mais sofre tanto assim e nem foi preciso apelar para o alívio cômico ostensivo. Sofrem apenas os vilões, que merecem sofrer, como prega todo bom folhetim, e a mocinha (Maria Vitória/Vitória Strada) perseguida pelo vilão (Teodoro Magalhães/Henri Castelli) – outra receita do folhetim.
Até já temos dois casais estabelecidos com boa torcida e votos de felicidade. O casal Vivi – Vitória e Vicente – vividos (não resisti à aliteração infame!) por Vitória Strada e Bruno Ferrari, dois atores excelentes em seus papéis, esbanjando carisma e charme em cena. E, do outro lado, Inácio e Lucinda (Bruno Cabrerizo e Andreia Horta), jocosamente apelidados de Inércio e Louquinda nas redes sociais – que sejam felizes, mas que não procriem, para evitar vir ao mundo serumaninhos como eles!
Não vou bater na tecla cansada de que a produção de arte, fotografia e trilha sonora são deslumbrantes, pois esta é uma unanimidade já cantada em prosa e verso. "Tempo de Amar" vai além, na direção e nas interpretações, proporcionando diariamente cenas magistrais com Marisa Orth, Letícia Sabatella, Lucy Alves, Cássio Gabus Mendes, Andreia Horta, Tony Ramos, Deborah Evelyn, Françoise Forton, Regina Duarte e outros.
Mérito ainda dos autores (Alcides Nogueira e Bia Corrêa do Lago) com um texto irretocável, bonito, sonoro e sutil. Seria bom que o público prestasse mais atenção, prestigiasse e valorizasse textos como o de "Tempo de Amar" nesse momento em que a TV insiste em entregar tudo mastigadinho ao público e enfia goela abaixo frases repetidas à exaustão.
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