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Com ou sem Arrebatamento, como levar a sério o Anticristo de Sérgio Marone?

Nilson Xavier

06/02/2018 23h04

Sérgio Marone (foto: reprodução)

A Record TV anunciou com grande alarde o capítulo especial de sua novela "Apocalipse" em que acontece o Arrebatamento (nesta terça, 06/02). Nada demais se viu a não ser personagens e pessoas simplesmente sumindo, desaparecendo de cena – literalmente -, inclusive causando catástrofes, já que vários arrebatados dirigiam automóveis, aviões e helicópteros.

A trama agora tem novos conflitos. O que acontecerá sem os personagens? Quais desdobramentos se seguirão com esse acontecimento? Qual o impacto na vida dos personagens que ficaram? É uma boa oportunidade para levantar a trama de "Apocalipse", que tem ganhado audiência com a mexida na grade pela Record após o fim de "Belaventura", que antecedia a novela.

Com ou sem arrebatamento, é risível ver Sérgio Marone tentando simular Frank Underwood na novela: como o personagem de Kevin Spacey na série "House of Cards", vez ou outra, o Anticristo olha para a câmera, faz algum comentário maroto ou solta uma frase de efeito, seguido de uma gargalhada ou um sorrisinho cínico. Não dá para levar a sério esse Anticristo!

Se a intenção era passar a ideia de um ser que se acha imbatível, sarcástico e que ri de quem o afronta, o tiro saiu pela culatra. Podia-se aproveitar o momento e "arrebatar" também esse recurso. O que Frank Underwood pensaria de Marone o imitando?

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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