Oscar 2017: Interpretação de Casey Affleck em “Manchester à Beira-mar” pode marcar sua carreira

Casey Affleck e Lucas Hedges em cena (Foto: divulgação)

Tudo vai bem em "Manchester à Beira-mar" ("Manchester By the Sea"). O filme, escrito e dirigido por Kenneth Lonergan, é um "dramão" familiar sobre perdas e cicatrizes que não curam. Adoro a temática. É bem dirigido, a narrativa é não linear (a ação vai e volta no tempo para explicar o que aconteceu) e o roteiro costura tudo com muita eficiência. A estética é bonita (é um filme bonito) e a beira-mar (do título) é um charme e tanto.

Os maiores destaques do elenco receberam indicações ao Oscar: atriz coadjuvante para a sempre ótima Michelle Williams, ator coadjuvante para Lucas Hedges (de 20 anos) e ator para Casey Affleck (irmão de Ben Affleck). Lucas vive um adolescente que perdeu o pai e é obrigado a ter o tio problemático como tutor, vivido por Casey. Todas as cenas entre tio e sobrinho são ótimas.

Casey Affleck é a "alma" de "Manchester à Beira-mar". Não só pela trama girar em torno de seu personagem, mas principalmente por sua interpretação tão cheia de maneirismos, na voz, olhar e gestual. O ator vive aquele tipo de personagem que marca a carreira de um ator.

Um sinal de que o  filme é um drama psicológico dos bons está nas indicações ao Oscar que recebeu, 6 no total: filme, direção (Kenneth Lonergan), roteiro adaptado (Kenneth Lonergan), ator (Casey Affleck), ator coadjuvante (Lucas Hedges) e atriz coadjuvante (Michelle Williams). 4 estrelas.

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