Topo

Oscar 2017: O iraniano “O Apartamento” parece uma continuação de “A Separação”, vencedor em 2012

Nilson Xavier

07/02/2017 21h13

Shahab Hosseini e Taraneh Alidoosti (Foto: divulgação)

Shahab Hosseini e Taraneh Alidoosti (Foto: divulgação)

O filme iraniano "A Separação", de Asghar Farhadi, ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2012. O diretor volta a concorrer, agora com "O Apartamento" ("Forushande"). Os dois são excelentes – particularmente, tenho uma queda maior por "A Separação", a trama me emocionou mais. Mas quem viu o anterior, vai ter a impressão de ver agora uma espécie de continuação.

Farhadi não só dirigiu como também roteirizou os dois filmes. Mas não é apenas uma questão de estilo. "A Separação" e "O Apartamento" têm em comum a mesma ambientação, os mesmos tipos humanos e a mesma estrutura narrativa: os filmes apresentam os personagens e a história vai se revelando aos poucos até chegar a um ápice e acontecer uma reviravolta na trama. Tudo com uma câmera em movimento que persegue os atores.

oapartamento_cartazO bom é que as histórias são completamente diferentes – mas com as mesmas questões éticas, morais e sociais. O diretor apresenta um Irã moderno e atuante na educação e cultura. Tem a crítica social, porém a trama e os dilemas dos personagens são universais e inerentes ao ser humano de qualquer cultura. 4 estrelas.

1 indicação: filme estrangeiro.

Siga no TwitterFacebookInstagram

Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

Blog do Nilson Xavier