Após meses de marasmo: “Sol Nascente” melhorou quando a história ficou clara para o público

Giovanna Antonelli (Foto: divulgação/TV Globo)

Vamos ser justos: depois de tanto marasmo (e tantas críticas), "Sol Nascente" melhorou bastante! Não é mais a mesma novela exibida até o ano passado. A um mês de seu término, a trama pega fogo com as investigações sobre os crimes supostamente praticados por Alice Tanaka (Giovanna Antonelli) – na verdade cometidos por Dona Sinhá e o neto César (Laura Cardoso e Rafael Cardoso) para incriminar a família Tanaka, como um plano de vingança.

E sabe quando "Sol Nascente" ficou boa? Quando os autores – Suzana Pires, Júlio Fischer e Walther Negrão (agora fora) – deixaram claro para o público do que a história se tratava. Não por acaso, foi quando a trama ganhou o reforço do experiente roteirista Sérgio Marques. Nos meses em que a novela patinou, o enredo era desinteressante e nebuloso, e o telespectador não sabia as motivações que moviam os personagens. A partir do momento em que a trama ficou escancarada, a novela passou a fluir melhor.

Já critiquei Aracy Balabanian por ter achado sua personagem (e todo o núcleo de sua família italiana) repetitivo e estereotipado. Com o tempo, a nonna Geppina ganhou personalidade própria e hoje é uma de minhas personagens preferidas. A presença de Cláudia Ohana, como Loretta, também deu uma ótima chacoalhada na novela, com um entrecho bastante interessante e folhetinesco – envolvendo a filha desaparecida de Lenita (Letícia Spiller).

"Sol Nascente" ganhou estofo, os personagens, personalidade, e a trama evoluiu. Bom quando uma novela melhora assim e as críticas precisam ser refeitas!

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