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Caio Junqueira era reconhecido como um ator talentoso e competente

Nilson Xavier

23/01/2019 11h15

Divulgação/TV Globo.

Fiquei chocado com a morte de Caio Junqueira, ator que conhecia da TV desde que ele era criança.

Lamentavelmente, perdemos na manhã desta quarta-feira (23) o jovem ator Caio Junqueira. Ele tinha 42 anos e não resistiu ao grave acidente de carro que sofreu no último dia 16, no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro. Caio era carioca, nascido em 20 de novembro de 1976, filho do ator Fábio Junqueira (1956-2008) e meio-irmão do ator Jonas Torres (o Bacana da "Armação Ilimitada"). Como o irmão, começou cedo na TV: com 9 anos de idade, estrelou a série cômica "Tamanho Família", na TV Manchete, em 1985.

Na Globo, estreou criança, na série "Armação Ilimitada". Aos 13 anos, em 1990, atuou na minissérie "Desejo", como um dos filhos de Euclides da Cunha (Tarcísio Meira). Em seguida, esteve na novela "Barriga de Aluguel". Em 1995, ganhou um papel de destaque na minissérie "Engraçadinha": o reprimido adolescente Leleco. Atuou ainda, entre outras produções, nas novelas e minisséries "A Viagem", "Hilda Furacão", "Chiquinha Gonzaga", "Um Anjo Caiu do Céu", "O Quinto dos Infernos", "Um Só Coração" e "Desejo Proibido", na Globo, e "A Escrava Isaura", na Record TV.

Em "Engraçadinha"

Em 2009, Caio trocou os pequenos papeis em novelas e séries da Globo por mais destaque nas produções da Record TV, chegando a ser protagonista na novela "Ribeirão do Tempo" (2010-2011). Foi visto ainda nas séries "A Lei e o Crime", "Milagres de Jesus" e "Conselho Tutelar" e na minissérie "José do Egito", entre 2010 e 2015. Seus últimos trabalhos na televisão foram nas séries "O Mecanismo" (Netflix) e "1 Contra Todos" (Fox).

Do grande público, Caio é mais conhecido por um papel no cinema: o idealista policial Neto Gouveia do filme "Tropa de Elite", de 2007. Atuou ainda em outros filmes de sucesso, como "Buena Sorte" (1996, pelo qual foi premiado como ator revelação em Gramado), "For All, O Trampolim Para a Vitória" (1997), "O Que É Isso Companheiro?" (1997), "Central do Brasil" (1998), "Abril Despedaçado" (2001), "Zuzu Angel" (2006) e outros.

O talento para atuação estava no sangue. Seu pai, o falecido ator Fábio Junqueira, fez uma relevante carreira no teatro e televisão, como ator e diretor. Na maioria das vezes relegado a coadjuvantes, Caio nunca foi galã e sempre foi reconhecido como um profissional focado, talentoso e competente. Uma morte chocante e uma perda lastimável.

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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