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Relembre as beatas que marcaram as novelas, como Doroteia em “Gabriela”

Nilson Xavier

23/06/2012 00h21

Em Gabriela, Dona Doroteia (Laura Cardoso) é a líder das beatas de Ilhéus, e quer impedir a todo custo que as prostitutas do Bataclan participem da procissão na cidade.

Beatas, carolas, papa-hóstias, ratazanas de sacristia. Guardiãs da moral e dos bons costumes, elas geralmente são futriqueiras, adoram cuidar da vida alheia, julgam os demais e se julgam intocáveis. E por perder tanto tempos com os outros, não percebem o que acontece dentro de suas próprias casas. Frequentam todas as missas e cultos e se acham porta-vozes de Deus. Relembre as beatas que marcaram as novelas.

A irmãs Cajazeiras – Doroteia (Ida Gomes), Dulcineia (Dorinha Duval) e Judiceia (Dirce Migliaccio) – O Bem Amado (1973)

Vigilantes da moral de Sucupira, as irmãs Cajazeiras eram os cabos eleitorais oficiais do prefeito Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo). Mas todas tinham um xodó pelo prefeito, que se aproveitava do romantismo de cada uma, sem que as outras percebessem.

Mariana (Eloísa Mafalda em 1982-1983, Cássia Kis Magro em 2009) – Paraíso

Mãe da Santinha, a beata havia prometido a filha à vida religiosa, mas não se conformou quando ela trocou Jesus pelo Filho do Diabo.

Dona Pombinha (Eloísa Mafalda) – Roque Santeiro (1985-1986)

Devota de Roque Santeiro, lutou como pôde contra Matilde (Yoná Magalhães) e suas "meninas", que levaram a boate Sexu´s a Asa Branca.

Perpétua, Amorzinho e Cinira (Joana Fomm, Lília Cabral e Rosane Gofman) – Tieta (1989-1990)

Perpétua fazia gato e sapato de suas pupilas Amorzinho e Cinira, duas carolas reprimidas sexualmente que acatavam a todas as ordens da "tribifu".

Gioconda (Eloísa Mafalda) – Pedra Sobre Pedra (1992)

As beatas eram mesmo a especialidade da atriz Eloísa Mafalda. Gioconda implicou até com o novo padre de Resplendor, por ele ser negro.

Rosa, Brásia e Zefa (Míriam Mehler, Cláudia Mello e Ana Lúcia Torre) – As Pupilas do Senhor Reitor (1995)

As guardãs da moral e da vida alheia na aldeia portuguesa de Póvoa do Varzim.

Violante (Drica Moraes) – Xica da Silva (1996-1997)

A grande inimiga de Xica (Taís Araújo), tinha até a igreja ao seu lado na luta pessoal contra a Rainha do Tijuco.

Altiva (Eva Wilma) – A Indomada (1998)

Se dizia a dona de Greenville. Invocava Deus até em seu bordão: "Ó xente mai Gódi!". Sua loucura acabou por consumi-la.

Imaculada (Elizabeth Savalla) – A Padroeira (2001)

Beata que tentava expiar os pecados da juventude através de sua filha, Isabel (Mariana Ximenes), que queria obrigar a abraçar a vida religiosa.

Eva (Eliane Gardini) – Cobras e Lagartos (2006).

Carola que fora casada com um ladrão de joias, tentava educar os três filhos com muita rigidez e religião. Em um determinado momento, passou a assumir outra identidade: a fogosa cigana Esmeralda.

Carminha (Adriana Esteves) – Avenida Brasil (2012)

Por fora, ela é uma mulher religiosa, devota que faz suas orações, preocupada com a comunidade e obras assistenciais. Mas por dentro… oi oi oi!

Cite outras beatas de novelas!

Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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