Novela “Vitória” é bem escrita, mas mal realizada nas cenas de ação
É evidente o empenho da novelista Cristianne Fridman em mostrar um bom trabalho em sua novela "Vitória", na Record. A trama é movimentada, já teve várias reviravoltas, parece que sempre se renova. Isso é essencial para o folhetim nos dias de hoje, em que o público precisa ser fisgado. "Vitória" ainda dosa bem romance, humor e ação. Mesmo assim, a novela pouco repercute.
A parte folhetinesca está na trama central, que aborda as disputas e interesses familiares envolvendo o casal romântico principal, Arthur (Bruno Ferrari) e Diana (Thaís Melchior). As tramas paralelas de maior destaque são duas: a dos desempregados que tiram a roupa para ganhar algum dinheiro – que traz leveza à atração, a parte da comédia – e a trama envolvendo os neonazistas – o lado mais "pesado" da novela.
É aí que "Vitória" derrapa. A história é bem conduzida, mas mal realizada quando exige mais além do trivial. Difícil vislumbrar se é um problema de direção ou de produção. Ou os dois. As sequências com mais ação, envolvendo confrontos entre a polícia e os vilões, deixam a desejar. Como a do capítulo desta quinta-feira (16/10), em que o delegado Ramiro (Jonas Bloch) se "fantasiou" de neonazista para infiltrar-se em um bar frequentado pelos bandidos.
Descoberto pelos neonazistas, ele acionou os policiais do lado de fora, que invadiram o local e iniciaram o tiroteio, numa sequência das mais fakes já vistas na Teledramaturgia moderna. Socos e marcação dos atores tão improváveis quanto o sangue cenográfico usado na cena. Não foi a primeira sequência de ação que não convenceu. "Vitória" merecia um cuidado maior. Fridman teve mais sorte com suas novelas anteriores na Record, "Chamas da Vida" (2008-2009) e "Vidas em Jogo" (2011-2012).
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