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Criticada no início, Maria Fernanda Cândido conquista o público como Joyce

Nilson Xavier

03/09/2017 10h46

Foto: divulgação/TV Globo.

Não é fácil ser Tia Joyce. Maria Fernanda Cândido que o diga. A atriz da novela "A Força do Querer" tem em suas mãos uma personagem difícil e complexa. Começou com a antipatia do público, que julgou Joyce pela casca, uma mulher fútil, fria no trato com as pessoas e apegada à imagem. Com o tempo, Maria Fernanda provou que – parafraseando Jobim – embaixo dessa neve mora um coração.

Hoje, já é possível compadecer-se de Joyce. O casamento degringolou, a nora a envergonha e os planos para a filha, que criou como uma extensão de sua figura, foram por água abaixo. Maria Fernanda realiza tão bem a personagem que Joyce já ganhou a empatia do público.

Com a filha Ivana (Carol Duarte), Joyce sempre cumpriu o papel do contraponto de uma relação desajustada. Agora, a mater dolorosa terá que atravessar, talvez, seu maior obstáculo: a dor da perda da filha (Ivana precisa morrer dentro de si) para encarar a nova realidade que tanto a assusta: o filho que acabou de chegar.

Criticada por muitos no começo, pela frieza de sua atuação, Maria Fernanda Cândido tem provado que Joyce vai além da testa franzida e do olhar blasé. Beneficiada pelo texto de Glória Perez e pela direção de Rogério Gomes, a atriz tem emocionado com o sofrimento de Joyce e já ganhou o status de protagonista da novela ao lado de Juliana Paes, Paolla Oliveira, Ísis ValverdeCarol Duarte e Lília Cabral.

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Sobre o autor

Nilson Xavier é catarinense e mora em São Paulo. Desde pequeno, um fã de televisão: aos 10 anos já catalogava de forma sistemática tudo o que assistia, inclusive as novelas. Pesquisar elencos e curiosidades sobre esse universo tornou-se um hobby. Com a Internet, seus registros novelísticos migraram para a rede: em 2000 lançou o site Teledramaturgia (http://www.teledramaturgia.com.br/), cujo sucesso o levou a publicar o Almanaque da Telenovela Brasileira, em 2007.

Sobre o blog

Um espaço para análise e reflexão sobre a produção dramatúrgica em nossa TV. Seja com a seriedade que o tema exige, ou com uma pitada de humor e deboche, o que também leva à reflexão.

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